segunda-feira, 24 de maio de 2010

O Feminismo










O Feminismo é um discurso intelectual, filosófico e político que tem como meta, direitos iguais. Nasceu de uma reação coletiva contra a aversão ao feminino e a opressão histórica para com as mulheres. Engloba diversos movimentos que advogam pela igualdade para homes e mulheres e a campanha pelos direitos das mulheres e seus interesses.
A história do feminismo pode ser dividida em três “ondas”. A primeira teria ocorrida no século XIX e início do século XX; a segunda onda nas décadas de 1960 e 1970, e a terceira teria ido da década de 1990 até a atualidade.
O feminismo mudou, principalmente, as perspectivas predominantes em diversas áreas da sociedade ocidental – da cultura ao direito.

Origens
Com início do Renascimento e a desestruturação do modo de produção feudal, há um retrocesso na condição da mulher na sociedade ocidental – passam a ter parte de seus direitos civis restringidos, como direito a herança e direito a propriedade; passam a ter um universo restrito de profissões, justamente quando o trabalho passa a ter um valor quanto status social.
O feminismo, quanto um movimento e uma filosofia, tem origem na Europa Ocidental no século XVIII. A primeira sociedade científica para mulheres foi fundada em 1785, em Middelburgo, uma cidade ao sul dos Países Baixos.
Com a expansão do capitalismo e a Revolução Francesa surgem os partidos de esquerda onde as mulheres encontram espaço para manifestações. Os partidos precisavam de mais colaboradores e as mulheres precisavam de um espaço para as manifestações, como por exemplo, o direito ao voto – aliando daí interesses de ambas as partes.
Na busca de ampliar as idéias liberais, as feministas defendiam que os direitos conquistados pelas revoluções deveriam se estender a ambos os sexos. Como conquista das mulheres na Revolução Francesa estão a instauração do casamento civil e a legislação do divórcio.
No século XIX, durante a Revolução Industrial, o número de mulheres empregadas aumenta significativamente – sem isso aumentar a diferença salarial entre os sexos, justificando-se pelo fato das mulheres terem seus pais, esposos que as sustentassem.
A primeira convenção dos direitos da mulher, como movimento organizado ocorre em Nova Iorque em 1848. Em 1893, A Nova Zelândia foi o primeiro país a conceder o direito de voto às mulheres. Na Alemanha e o Reino Unido ocorre em 1918 e a França e o Japão em 1945.

Século XX

As reivindicações do movimento feminista – direito ao voto, escolarização e acesso ao trabalho - foram formalmente conquistas nas décadas de 1930 e 1940. Com o contexto das duas grandes guerras, a possibilidade da mulher trabalhar ganha força – como muitos homens estavam envolvidos com a guerra, as mulheres passam a ocupar os postos de trabalhos vagos.
Com o fim de ambas as guerras, surge um movimento de desvalorização do trabalho feminino – restringindo os avanços conquistados ao âmbito legislativo.
Na década de 1960, sob a influência das publicações como O Segundo Sexo (1949), de Simone Beauvoir, o movimento passa a defender a que hierarquia entre os sexos não é uma fatalidade biológica e sim, uma construção social - além da luta pela igualdade de direitos.
Segundo Toffler (1980), três ondas são responsáveis pelas transformações ocorridas no mundo ao longo dos séculos – que alteraram a vida em sociedade, o modo de trabalho e produção, a política e o comportamento humano.
A primeira onda é a passagem da sociedade nômade para a sociedade agrícola. O domínio do solo transformou a civilização, que além de tirar a subsistência, se fixa nele. As famílias passam a ser multigeracionais e trabalham juntas – consumindo o que produziam.
A segunda onda surgiu com o advento da Revolução Industrial, assolando o mundo no século XVIII. Transformando o modo de produção, fazendo com que as pessoas deixassem o campo e passassem viver nos centros urbanos, trocando o trabalho do campo pelas fábricas. Transformando-se em famílias nucleares, onde os papéis em relação ao trabalho e à vida em sociedade fossem redefinidos.
A terceira onda que se mantém até hoje, iniciou-se na segunda metade do século XX; tendo como prepulsores a crise de energia, o advento do conhecimento e a globalização – entre inúmeros fatores que se relacionam nesta cadeia de mudanças.