segunda-feira, 24 de maio de 2010

Teoria das Ondas

A história do feminismo pode ser dividida em três ondas. A primeira do ´seculo XIX e início do século XX; a segunda onda nas décadas de 1960 e 1970, e a terceira do início da década de 1990 até os dias atuais.
Essas três ondas são responsáveis pelas transformações ocorridas no mundo ao longo dos séculos – que alteraram a vida em sociedade, o modo de trabalho e produção, a política e o comportamento humano.
A primeira onda é a passagem da sociedade nômade para a sociedade agrícola. O domínio do solo transformou a civilização, que além de tirar a subsistência, se fixa nele. As famílias passam a ser multigeracionais e trabalham juntas – consumindo o que produziam.
A segunda onda surgiu com o advento da Revolução Industrial, assolando o mundo no século XVIII. Transformando o modo de produção, fazendo com que as pessoas deixassem o campo e passassem viver nos centros urbanos, trocando o trabalho do campo pelas fábricas. Transformando-se em famílias nucleares, onde os papéis em relação ao trabalho e à vida em sociedade fossem redefinidos.
A terceira onda que se mantém até hoje, iniciou-se na segunda metade do século XX; tendo como prepulsores a crise de energia, o advento do conhecimento e a globalização – entre inúmeros fatores que se relacionam nesta cadeia de mudanças.

A Mulher e a Terceira Onda

Com o início da terceira onda, a mulher foi que mais mudou. Com a pós-modernidade, ela deixa de ser submissa ao marido e passa a trabalhar fora, buscando seu espaço e seu tempo. O movimento feminista da década de 60 é um marco para essas mudanças e conseqüências da nova ordem social que começava a se propagar.
Segundo Hall (2005) o movimento feminista “ abriu, portanto, para a contestação política, arenas inteiramente novas de vida social: a família, a sexualidade, o trabalho doméstico, a divisão doméstica do trabalho, o cuidado com as crianças, etc (...) O feminismo questionou a noção de que os homens e as mulheres eram parte da mesma identidade, a ‘ Humanidade´, substituindo-a pela questão da diferença sexual”.
Na segunda onda, o homem passa a ser o provedor do sustento da família, através do resultado de seu trabalho – ficando o homem o papel de fazer o trabalho econômico direto, assumindo a responsabilidade de forma historicamente mais avançada de trabalho. A mulher fica o papel de tomar conta da forma mais antiga de trabalho. O marido avançado para o futuro e a esposa permanecendo no passado.
Através do movimento feminista, esse esteriotipo foi questionado – a mulher passa a conquistar ao longo das últimas décadas um novo espaço e um novo papel na sociedade – lutando, principalmente pela conquista de seu espaço no mercado de trabalho.
A mulher pós-moderna, com a adequação à sociedade de informação, foi ganhando aos poucos, a oportunidade de exercer qualquer tipo de atividade que eram apenas exercidas por homens. Conquista a independência financeira, adiando a constituição da família, prioriza a carreira profissional ao invés da maternidade. Tudo isso acaba lhe proporcionando também a independência emocional e psicológica.