Margarida - A eterna namorada do Pato Donald



A 1° vez que Margarida aparece nas histórias foi no desenho animado Mr. Duck Steps Out, exibido em 7 de junho de 1940. Já nas historias em quadrinhos sua aparição se deu em novembro do mesmo ano, por Taliaferro. Nas primeiras tiras ela se muda para a casa ao lado da de Donald e acaba se apaixonando por ele.
No Brasil, sua primeira aparição de Margarida se dá na revista Seleçao Coloridas da Ebal (Editora Brasil America Ltda.), nos anos de 1946 e 1948. Nos quadrinhos da Editora Abril, teve sua estréia em 1950, na historia O Garimpeiro, publicada na revista O Pato Donald numero quatro. Em julho de 1986 foi a primeira personagem feminina a ganhar uma revista própria no Brasil.
Desde sua criação, Margarida sempre foi diferente das outras personagens femininas do Walt Disney – justamente por possuir uma personalidade forte. Inicialmente, era apenas uma coadjuvante nas histórias do namorado Donald.
Foi após a criação do Diário da Margarida por Carl Barks na década de 1950, que ela começou a ter suas próprias histórias – originadas por suas anotações em seu diário – curtas, cômicas e que abrangiam questões fúteis, como o romance, o ciúmes e o consumismo da personagem.
Entretanto no final da década 1960, as historias criadas por Barks evidenciavam o inicio da versão feminista da Margarida. Começa a trabalhar fora como secretária do Tio Patinhas, onde demonstrava interesse em firmar-se profissionalmente – se destacando por sua inteligência e competência. Já na década de 1970, as narrativas da personagem feitas por Tony Strobl reforçam a inteligência e competência da personagem, onde ora ela figurava como repórter, ora como policial feminina.



Na década seguinte, no Brasil os desenhistas e roteiristas brasileiros continuaram a ampliar essa versão mais feminista da personagem – deixaram-na mais feminina, com o bico mais curto e roupas mais modernas e refinadas; entretanto mantendo a linha proposta nos anos de 1970, uma pata mais inteligente e profissional. O que os desenhistas Irineu Soares Rodrigues e Euclides Miyaura, ao lado dos roteiristas Gerson Teixeira e Arthur Faria Junior fizeram
foi adaptar a personalidade da personagem e seu visual aos novos tempos – atribuindo-lhe uma postura pós-moderna – se consolidando como uma mulher independente.